Um grupo privado que investiu 100 milhões de dólares numa fábrica de moagem de trigo na área do Porto de Luanda prevê realizar um segundo investimento do género no Porto do Lobito, tendo já luz verde do Governo.
Lobito continua a merecer a atenção dos investidores
Fotografia: Dombele Bernardo | Edições Novembro
A primeira unidade da Grandes Moagens de Angola (GMA) foi lançada em 2015 e começou a laborar no final de Maio, numa área de 35 mil metros quadrados, concessionada pelo Porto de Luanda, e que permite, segundo os promotores, cortar 60 por cento da importação de farinha de trigo, de mais de 500 mil toneladas ano que chegam ao país.
Um investimento que, de acordo com um Decreto Presidencial de 16 de Agosto, deve repetir-se no Porto do Lobito, no centro do país. O decreto refere que a GMA pretende instalar uma fábrica de moagem de trigo para a produção de farinha, exploração de silos e infra-estruturas de apoio e a descarga de navios com trigo a granel no Porto do Lobito.
“Vai contribuir para o aumento das operações portuárias, promovendo e potenciando, desta forma. o investimento efectuado neste porto”, justifica o mesmo decreto, que autoriza a empresa pública que gere o Porto do Lobito a entregar à GMA, por um período de 30 anos, renováveis, a concessão de uma área de 30 mil metros quadrados sob sua jurisdição.
O decreto presidencial explica que “a concessão dominial é um instrumento legal e adequado para atrair a iniciativa privada para a exploração de actividades de interesse público em áreas de jurisdição portuária e, ao mesmo tempo, mantê-las sob controlo do poder público, dada a sua importância para o desenvolvimento do país”.
Dada a falta de produção nacional, a aquisição do trigo ainda será feita no exterior.
Números oficiais indicam que, só em 2015, Angola gastou 320 milhões de dólares na importação de 510 mil toneladas de farinha trigo,